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A minha mansão é uma animação! Episódio #3


Passou o Entrudo, no entanto, e porque o senhor bom tempo, nesse dia resolveu ir pró Brasil, vai daí, na bela recém-fundida freguesia de Leça da Palmeira acontece hoje o cortejo das criancinhas.
Ora a minha noiva, moída que ficou com a insistência em lhe procurarem pelo nubente, decide desta vez escolher uma palhaça. Desconfio que ficou a saber que foi precisamente isso que lhe chamei quando se foi chibar ao pai sobre o bom ambiente que se vive no meu local de labuta.
Palhaça! Não sei se não será um bocadinho pior, mas siga.
Apesar de notificada dos eventuais gracejos que será alvo, mesmo assim preferiu a troca,
envergando esse elemento super discreto (narizinho vermelho), uma pintura facial que em bom rigor era mais rupestre, dado o sobejo tempo que a manhã proporciona para pormenores e vamos a isso. Ainda assim, leva algumas dicas na manga, caso algum palhaço a inquiete!
Até aqui tudo bem, quer dizer tudo como se arranja, eis se não quando a piolha se apercebe que a mana vai novamente disfarçada e ela népia. Nem mesmo o facto de (e porque hoje é dia de ginástica) levar o fato-de-treino e passar bem por futebolista ou treinadora, a dissuade de se atirar para o chão e se revelar uma verdadeira atriz na arte de imitar o jogador a sofrer uma falta.
A única maneira de a controlar é, e como tenho vindo a provar, fazendo exatamente o que se faz aos cães, oferecer-lhe comida e ela pára imediatamente, levanta as orelhas, abana o rabo e segue-me até ao armário das bolachas. Resolvido!
Garanto que um dia destes lhe ponho uma trela e a ponho a alçar a patinha para não gastar tanto em fraldas. De resto ontem mesmo, já experimentou a sensação de fazer fora da fralda, pena é que tenha sido no banho de imersão! A reação merecia uma curta-metragem, era vê-la a apontar para os flutuantes e a soltar uns Oh! Oh! como se a culpa não fosse dela.
Nossa que biolência!

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