Avançar para o conteúdo principal

Marquesinha, a gasparzinha!

 
Sábado à noite- jantar fora- restaurante cheio (de marcadores envergando o belo do marcador a dizer: “reservado”), saco do meu charme e peço ao empregado se prevarica e libera uma mesinha reservada para a família feliz. Ele cede! Daí para a frente, tudo material digno de um post.
Passavam mais de 21 horas de um novo dia e o restaurante continua cheio de mesas com indício de reserva. Provavelmente esperam uma avalanche de criaturas! (pensei eu)
Lá nos sentamos meio a medo do que por aí vinha.
Logo que pode, o servente tira os olhos do futebol e vem em direção à única mesa ocupada com gente de carne e osso (a nossa). Peço sopinha para as marquesas, mas não tenho resposta positiva e tenho cada vez mais a convicção de que não estávamos para ali previstos e tudo o que se arranja são restos de um enorme evento que se avizinha.
Socorro-me de um menu infantil, talvez consiga saciar as ávidas crias. Na linguagem destes sabedores, o menu infantil é assim composto por uma salsicha e ¾ do prato com batatas fritas.
Lá fomos conquistando alguma atenção ao funcionário, apesar do jogo muito estimulante, e qualquer distração poderia deixá-lo desvairado.
A marquesinha gama tudo o que é salada do prato do pai e suplica-lhe tchim-tchins de 5 em 5 minutos.
Saímos de fininho, empanturrados de desagrado. À frente vai o paizinho com a piquena, e eu fico para trás a rastejar a Marquesa R, que aproveita para coreografar o musicol.
Eis senão quando, rebenta uma bomba, pensei eu, ou talvez não, mas certo é que se assemelhada ao estrondo. Toca o alarme real! Vou a ver, estava a marquesinha esbardalhada na porta de vidro. Largou o pai e veio a passo de bala ter com as ladies. Pensou com certeza que  era o fantasma gasparzinho, ainda assim não conseguiu transpor o vidro.
Concluindo, chorou que se fartou. O mais desconcertante foi que nenhum inocente de dentro do restaurante se mexeu, apenas uma transeunte nos aborda oferecendo ajuda.
GandasBois! Nunca mais lá volto!  Foi aliás, muito provavelmente o que pensaram os clientes fantasma que tantas mesas reservaram !

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O primeiro dia da sopeirinha.

Ao fim de algumas semanas de abandono, finalmente encontro a sopeirinha maravilhosa, o “crème de la crème”. Certa, de que, com as referências, terei garantida a limpeza possível para sobreviver aos perseverantes tsunamis que embirram em passar pela minha mansão. No que toca a predicados, da minha parte está tudo nos conformes, quanto ao homem-bala, nem por isso, ficaria sobejamente mais satisfeito se fosse mais novinha e boooa! Assim sendo, está muito bem assim! Tudo a postos. Roubei algum do meu precioso tempo de domingo (e dela também) para acertarmos agulhas, algumas advertências e vamos em frente que atrás vem gente. Explica-me, com alguma delicadeza o seu repúdio pelo bicharoco, temendo que o ainda suposto lugar estivesse em perigo. Explico-lhe, que sou solidária na arte de o exterminar se preciso for, e que portanto, tem em mim uma aliada para com discreta mestria o aniquilarmos. Combinamos já para hoje a primeira empreitada, eis senão quando 5 minutos depois da hora ma...

Estou um ovo podre!

Constato em choque que estou um tanto ao quanto apodrentada! No outro dia esfaqueei o dedo malcriado. Ainda pensei em ter aquela conversa que anseio ter com certas pessoas, exibindo o dedo que teimava em ficar hirto e firme, mas lá me contive. Depois são os costados, andam pela hora da morte, tenho a sensação que fui árbitro numa daquelas lutas de sumo e fui apanhada na malha. Para terminar, se bem que não pela primeira vez, entortei o pé do costume. Da última vez que me aconteceu, estava com uma pança de 8 meses (daquelas que parece que embuchaste uma gigantesca melancia), vai daí espatifei-me na chão, engessei a pata e valeu-me umas espampanantes acrobacias. Tenho agora um andar novo, que me dá um estilo do caraças, mas ainda assim não me atrevo a ir ao hospital. E porquê, perguntam vocês? Porque uma gaija, não tem tempo para estar doente! A BigSister também anda meia desmanchada, depois de ter tirado fora tudo o que não prestava. É portanto, bem provável que um dia de...

Viagens na minha terra

Fiz uma reflexão sobre qual seriam os corredores por que passei aquando da minha concepção. Não querendo chamar para aqui o ato propriamente dito e deixando portanto, a imagem dos meus queridos criadores em momentos de ramboia intacta (isto de imaginar os pais, soa a muito estranho!) Por isso e passando à frente, dou por mim a meditar sobre o porquê do Todo-Poderoso me brindar com alguns atributos (extraordinários, vá!), descurando os guichés da sorte e do carcanhol. É certo que ainda não lido bem com esta punição, mas seja como for, acabo por ainda assim ter momentos inolvidáveis de puro entretenimento, senão vejamos, nos últimos episódios da minha novela andava a sentir-me a WILMA dos Flintstones. Como assim, perguntam vocês? E eu respondo, porque respondo sempre aos vossos anseios. Enquanto condutora sentia uma espécie de cubos no lugar das rodas, a paisagem parecia vista através duma montanha russa, ora cá em cima, ora lá em baixo. Para não falar da banda sonora, que mais pa...