Hoje é dia de ramboia, regabofe, festarola, pantominice, porquê? Porque Homem-bala decidiu que hoje é dia de seu aniversário, é, ele tem destas coisas, uma vez por ano, e tem graça que é sempre no mesmo dia, lembra-se de fazer anos.
Fevereiro é aliás um mês de comemorações, começa com segundo dia, já aqui notado. Ao dia 10, pela primeira vez celebrei o primeiro ano da minha sobrinha maravilhosa, (aquela que rosna por comida), depois o dia de S. Valentim, de que gosto muuuito (devia era falecer!) e vem agora o aniversário do meu homem-bala.
O brilhantismo disto é que o maior presente veio para mim, pois dia 20 é dia de S. Receber, fiquei estonteada com o valor líquido, foi com certeza espremido, tão espremido, que até esguichou para os cofres do estado, estou em crer que foi o sumo que sobrou, foi daquelas laranjas sem ponta de sumo! Para a próxima preferia que me pagassem o sólido, sff.
Voltando ao que me trouxe à conversa, sem entrar em depressões, e lembrando que a vida é ela própria uma festarola. Ontem aproveitei a ausência do (hoje) aniversariante, para, bem à maneira tuga, ir comprar a deslumbrante oferenda. Agarro em meia dúzia de ideias, carteira em riste e lá vou… ah, lembrei-me, tenho que levar as piquenas... hum, deprimo, no minuto a seguir e reflito bem se realmente quero ir a um shopping com duas catraias, procurar um prenda, e sem o gaijo para segurar as pontas.
Bom, mas tem mesmo que ser, de outra forma, não vai ter direito a nada. Fico nostálgica e lembro com saudade os bons velhos tempos em que apetecia-me e fazia, não havia cá rotinas, regras, e tanto fazia ser dia de semana, agora – INCHA!
Cheia de coragem lá vou eu, mais as duas réplicas. À mais velha, que já tem idade para me ouvir, (se bem que perceber, tá 0) explico que vamos só com aquele objectivo. Não há cá Violetta, Disney, gomas ou outros magnéticos que estes senhores tão bem exploram e que me tiram do sério. No carro vai absorvendo a informação, mas logo logo esquece.
A marquesinha, que nunca sabe muito bem ao que vai, mas mesmo assim vai, sempre reinadia. Chegada ao destino, vem-me à memória aquelas festas do norte, e que os Madredeus materializam com a “vaca de fogo”, lá vai ela, ninguém a segura, todos lhe acham graça, mas ninguém a apanha!
Reflito e reequaciono todo o plano. Primeira e única paragem, seja a que preço for, vai estar aqui a prenda ideal, nem que chovam canivetes. E assim foi, aceleradamente, resolvo dar de comer à manada e abalar, não sem antes ter que arranca-las a ferros de tudo o que é carrossel. Elas é que andam e eu é que fico a suar como uma égua e enjoada com tanta turbulência.
Que agradável, já no descanso do lar, apercebo-me da chegada do responsável pelo alvoroço, que antes de me vir idolatrar dá prioridade ao filho casulinha.
Eu que tentava o merecido descanso, sou interrompida por cadeiras a arrastar e outras movimentações estranhas aquela hora, decido averiguar. Dou com um cenário dantesco e o sujeito desorientado.
- É pá, fugiu-me uma barata.
- xxx
Não conto o resto, porque se prevê!
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