Avançar para o conteúdo principal

Start 2014

2013 foi um ano declaradamente penoso, com uma grande deceção, sentida dor, tanta dor, que pela primeira vez achas que tens coração e que de certeza ele vai mesmo partir-se em infinitos bocadinhos pela força da explosão, momentos ocos em que não percebes a tua cegueira, momentos em que te questionas “porquê eu?”. Vês amigas a sofrerem com verdadeiras perdas que se fossem tuas, essas sim eram irreparáveis e sentes-te sem forças para dar força! Mas foi também o ano em que me apercebi, que ninguém merece tanto penar. Dei por mim a pensar: “És parva ou quê?”- de um momento para o outro comecei a valorizar-me, a achar-me realmente boa naquilo que sou. É pá, que se lixe tudo o que não interessa!
Ganhei tanto mais, ganhei novos amigos, ganhei sorrisos e abraços, ganhei uma sobrinha, mas acima de tudo mantive, mantive os velhos amigos, a família, o trabalho, Feliz e realizada, é assim que me sinto agora. Percebi finalmente que nada é garantido, apenas o amor incondicional que tens pelos filhos e vice-versa, genuíno, sem permuta e sem pisar. Apesar de padeceres, noite e dia, educas segundo os valores que adquiristes e sabes que isso dá trabalho, mas que mais tarde ou mais cedo vais ser recompensada. Nessa altura encontras ainda mais razões para amar a mãezinha e pensas como ela foi e é uma heroína.
Bem, e no final do amargurado ano retomei a encarcerada boa disposição, a minha alegria, as minhas gargalhadas, conquistei a felicidade e conservei a minha autonomia.
Agora espero que 2014 seja um ano Putrefacto de Bom, e quem quiser gosta que não gostar arruma pro lado!

Comentários

  1. Talvez não tenha sido uma perda. Talvez tenha sido apenas um esclarecimento. Uma arrumação da vida. Costuma dizer-se que o mar devolve à praia aquilo que não lhe pertence. Talvez tenha sido só isso. Doí como para caraças, e entristece, e mata um bocadinho. Mas é sempre uma aprendizagem. Um crescimento.

    ResponderEliminar
  2. That's the WaY! A Receita para 2014 em diante é a seguinte, Ingredientes:

    1 - 100gr da tua inesgotável energia;
    2 - 5 colheres de sobremesa do teu bom sentido de humor;
    3 - 25ml de palavras bonitas da "R";
    4 - 1 colher de sopa de abraços incansáveis da "M";

    Preparação: Pegas na Bimby, misturas tudo isso e continuas a ser a mulher que és!

    ResponderEliminar
  3. É isso Sara! "Vamos em frente que atrás vem gente"! Com as coisas menos boas, sofremos, aprendemos e ficamos mais fortes, mais sábias. E vivam os momentos felizes!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

O primeiro dia da sopeirinha.

Ao fim de algumas semanas de abandono, finalmente encontro a sopeirinha maravilhosa, o “crème de la crème”. Certa, de que, com as referências, terei garantida a limpeza possível para sobreviver aos perseverantes tsunamis que embirram em passar pela minha mansão. No que toca a predicados, da minha parte está tudo nos conformes, quanto ao homem-bala, nem por isso, ficaria sobejamente mais satisfeito se fosse mais novinha e boooa! Assim sendo, está muito bem assim! Tudo a postos. Roubei algum do meu precioso tempo de domingo (e dela também) para acertarmos agulhas, algumas advertências e vamos em frente que atrás vem gente. Explica-me, com alguma delicadeza o seu repúdio pelo bicharoco, temendo que o ainda suposto lugar estivesse em perigo. Explico-lhe, que sou solidária na arte de o exterminar se preciso for, e que portanto, tem em mim uma aliada para com discreta mestria o aniquilarmos. Combinamos já para hoje a primeira empreitada, eis senão quando 5 minutos depois da hora ma...

Estou um ovo podre!

Constato em choque que estou um tanto ao quanto apodrentada! No outro dia esfaqueei o dedo malcriado. Ainda pensei em ter aquela conversa que anseio ter com certas pessoas, exibindo o dedo que teimava em ficar hirto e firme, mas lá me contive. Depois são os costados, andam pela hora da morte, tenho a sensação que fui árbitro numa daquelas lutas de sumo e fui apanhada na malha. Para terminar, se bem que não pela primeira vez, entortei o pé do costume. Da última vez que me aconteceu, estava com uma pança de 8 meses (daquelas que parece que embuchaste uma gigantesca melancia), vai daí espatifei-me na chão, engessei a pata e valeu-me umas espampanantes acrobacias. Tenho agora um andar novo, que me dá um estilo do caraças, mas ainda assim não me atrevo a ir ao hospital. E porquê, perguntam vocês? Porque uma gaija, não tem tempo para estar doente! A BigSister também anda meia desmanchada, depois de ter tirado fora tudo o que não prestava. É portanto, bem provável que um dia de...

Viagens na minha terra

Fiz uma reflexão sobre qual seriam os corredores por que passei aquando da minha concepção. Não querendo chamar para aqui o ato propriamente dito e deixando portanto, a imagem dos meus queridos criadores em momentos de ramboia intacta (isto de imaginar os pais, soa a muito estranho!) Por isso e passando à frente, dou por mim a meditar sobre o porquê do Todo-Poderoso me brindar com alguns atributos (extraordinários, vá!), descurando os guichés da sorte e do carcanhol. É certo que ainda não lido bem com esta punição, mas seja como for, acabo por ainda assim ter momentos inolvidáveis de puro entretenimento, senão vejamos, nos últimos episódios da minha novela andava a sentir-me a WILMA dos Flintstones. Como assim, perguntam vocês? E eu respondo, porque respondo sempre aos vossos anseios. Enquanto condutora sentia uma espécie de cubos no lugar das rodas, a paisagem parecia vista através duma montanha russa, ora cá em cima, ora lá em baixo. Para não falar da banda sonora, que mais pa...